sábado, 8 de setembro de 2018

Semana de 02 a 09 de Setembro

Completei hoje minha primeira semana completa no retorno as atividades físicas. Por que completa?
Porque desde julho que venho ensaindo algumas tentativas. Começo, caminho 1 dia ou 2 da semana e paro novamente.

Foram no total, 4 caminhadas, 24km e 4h16min de atividades. Estou bem motivado para tentar fazer os 100km nesse primeira mês. Seria uma marca importante. Decide nesse primeiro mês, caminhar em dias alternados, dia sim, dia não. Consigo descansar bem e diminuo os risco de lesão ou coisa mais grave por excesso de esforço.

Me sinto bem. Me senti bem ao longo da semana. 

Na caminhada do dia 01/09, enfrentei algumas condições adversas. Foi um domingo, final de tarde e a praia estava muito inclinada. Vento forte, maré enchendo. Já no trecho de ida, senti dor cansada no quadril esquerdo. Foi também o primeira dia que usei a sapatilha da náutika. É muito boa e realmente ajuda a proteger os pés. Não é tênis, então não espere conforto e sistema de impacto. Cumpre o seu papel.

Completei o trajeto, saindo de casa, indo até o marco da divisa entre João Pessoa/Cabedelo na praia de intermares e retornando para casa. Foram 5,8 km em 57min03s. Na segunda-feira, acordei com o quadril doendo, os pés doendo e as panturrilhas inflamadas. Especialmente a panturrilha esquerda. Fiquei preocupado, por poderia prejudicar as atividades do restante da semana e mais uma vez parar e quebrar o ritmo, impossibilitando qualquer continuidade efetiva.

Tomei um antiflamatório (dicoflenaco de colesteramina) antes de dormir e decidi avaliar na manhã de terça -feira se tinha condições de caminhar novamente. Na segunda-feira, apenas descansei das atividades e não caminhei. 

Na terça-feira fui surpreendido. Acordei muito bem. Sem nenhuma dor. Fui caminhar feliz. Escolhi caminhar no Parque Parayba 2, perto de casa (5min) possibilitando menos desgaste, já que o parque é pavimentado e praticamente plano. Fui bem, cobri 5,6 km em 1h02min37s. Um pouco acima do ritmo da caminhada de domingo, mas como vinha das dores da segunda-feira, creditei ao subconsciente "segurar" o ritmo. Me senti bem após a caminhada e sem nenhuma dor excessiva.

Na quinta-feira, dia 06/09, decidi caminhar até o MAG Shopping, calculei no google maos uma distância de 2,9 km para ir e mais 2,9 km para voltar, totalzando 5,8 km. Ou seja, dentro da minha média e das minhas possibilidades. Decidi também por esse caminho, uma vez que nunca havia caminhado nessa direção pela praia, seria diferente, Namorei o caminho pelo maps e gostei. 

Diário de bordo: São 01h45 da manhã e ainda não consegui dormir. 

Manhã de quinta-feira, acordo as 07h00, completamente atrasado. Sol já alto no céu. Penso logo em desistir, perdi a hora, não vou com sol alto. Penso na meta de fechar a semana sem "faltas", no ritmo, na constância. Penso em compensar em outro dia, afinal estava com insonia e por isso dormi tarde e acordei atrasado. Ainda, tem o problema de sair e deixar minha avó sozinha em casa, sem supervisão enquanto meu irmão deixa minha mãe na faculdade. Decido por ir assim mesmo. Não perder a oportunidade, cumprir a meta e manter o planejado.

Saí de casa as 07h45. Realmente o sol estava bem alto. Céu limpo, sem nuvens. Iniciei sem dificuldades, "entrei" na praia e segui rumo ao sul. A praia estava tranquila, maré enchendo mas ainda baixa, havia dado 0,4m as 07h34. Segui com passo firme e apressando, forçando o ritmo incial. 

Me aproximei da parede do Iate Club, contemplei o estrago que o mar já havia feito em seu lado esquerdo, imaginei a quanto tempo aquilo deveria estar ali, tentando resistir ao poder do mar. Segui em frente. Logo após o bar "Fullanos", a praia se encheu de valetas e água escorrendo. Se tornou irregular e ficou levemente inclinada. Jà acendi o sinal amarelo. Não queria novamente ficar dolorido e correr o risco de me lesionar. Pensei em voltar e segui sentido norte. Mas uma bela galega entrou pela praia a minha direita e trouxe a motivação que faltava. Continuei seguindo sentido sul, contemplando a paisagem logo a frente.

Passados por volta de 300 a 400m a inclinação suavizou e a praia novamente estava plana. Aumentei o ritmo e segui em frente sempre sentindo sul. Contemplei algumas construções, alguns prédios, tentei me localizar em relação a Av. Argemiro de Figueiredo. Logo o Mag Shopping estava próximo e continuou se aproximando. Cruzei com uma moça, fazendo alguns exercícios de arrancada que me olhou com um olhar curioso e surpreso ao mesmo tempo. Compreendo que não seja comum ver pessoas de 150kg caminhando em pleno sol das 08h30 na praia. No máximo numa academia, mas até eu mesmo, na praia, nunca vi.

Passei em frente o MAG e segui por mais uns 500m onde dei meia-volta, respirei fundo e regressei sentido norte agora. Mantive a passada o mais que pude, tentando sempre manter o ritmo acelerado e a respiração ofegante. Inspirando pelo nariz e expirando pela boca.

Ninguém se perde no caminho de volta. E sempre existe a sensação que a volta é mais rápida que a ida. E com essa sensação logo estava novamente avistando a parede do Iate Club e olhando no relógio para estimar se estava dentro do ritmo e tempo esperados. Especulei que sim, estava dentro do esperado para aqueles condições. Fiz o retorno para casa normalmente e ao chegar em casa e parar o Strava, tive a surpresa: Havia caminhado em ritmo forte 6,8 km de distância, com sol forte no lombo.

Parei alguns minutos para avaliar minha condição. Não me senti exageradamente cansado nem ofegante. Não estava muito dolorido. Visão normal. Respiração normalizando. Andei alguns minutos no corredor na lateral de casa para ajudar na diminuição do ritmo cardíaco e da respiração. Logo estava normal. Fiquei bem satisfeito. Volume muito bom de caminhada. Ritmo bom. tempo de 1h14min29s. Ou seja, consigo manter o mesmo ritmo, no parque plano e sem sol e na praia, inclinada e com sol. 

Fechando a primeira semana. No dia de hoje, iniciei a caminhada as 05h38 da manhã no parque parayba 2. Tive um pouco de dificuldade na primeira volta. Me senti cansado e "pesado", principalmente as pernas, pesadas. Mas continuei forçando o ritmo e completei 5,7 km em 1h01min52s. Voltei para casa, realizei algumas atividades domésticas. Fiz almoço, bati um cochilo e sinceramente se não fosse a "obrigação" de descansar, teria caminhado novamente agora de noite. Mas calma, tudo tem seu tempo. No momento, o meu tempo é constância. Não parar. Me manter ativo.

Para esse mês de setembro, devo manter essa média de atividades. Caminhadas em dias alternados, 4 por semana. Puxando um pouco mais o volume em um dia, subindo talvez para 7 ou 8 km (aumentar 1 volta no parque) e mantendo nos demais dias da semana a mesma média de volume. 

Para o mês de outubro estou avaliando me matricular em uma academia e praticar a musculação em dias alternados com a caminhada para fazer o fortalecimento e acelerar o emagrecimento.

Meu objetivo é participar no dia 11/11/18, do Trekking em São Miguel do Gostoso/RN. Vamos ver se é possível.


Seguimos a caravana.














Projeto - apresentação

Caros amigos, 

O presente blog, tem a finalidade de registrar o máximo possível, minha trajetória para atingir o objetivo de chegar ao topo do mundo, o Everest. Partindo do meu peso atual, de aproximadamente 150kg.

No momento em que escrevo esse texto, devo estar pesando por volta de 140kg ou 150kg, mais ou menos. Com algumas dificuldades e outras tantas idas e vindas, terminei minha primeira semana completa de caminhada. Foram 24km, 4 horas e 16 minutos de atividades. Variando entre praia e parque. Estou feliz. Satisfeito comigo mesmo e bastante motivado para seguir em frente. O caminho é longo. O grupo "Patotinha Fit" tem sido uma grande âncora para a motivação. Ver os amigos diariamente se esforçando para cumprir suas metas e objetivos estimula e mostra que é possível, quando realmente se quer fazer ou ser algo ou alguém.

Nunca fui do tipo "esbelto". Desde criança sempre fui "gordinho". Tive um período mais atlético, nadava, corria, jogava futebol, futsal. Por volta dos 18 anos, parei totalmente qualquer atividade física. Hoje estou com 31 anos. Já são 13 anos "parado". As consequências vieram. Obesidade nível 3, segundo uma nutricionista que consultei, 6 anos atrás. Hipertensão. Perda de autoestima. Sensação de cansaço o tempo inteiro. Ombros sempre pesados. Suor excessivo ao mínimo esforço. Limitações de movimento. Limitações de acomodação, de transporte, de deslocamento. Ansiedade. Vou caber nessa cadeira? Essa cadeira me aguenta? Foda, vou na frente e a menina que estou gostando vai no colo dos caras no banco de trás, se não, não caberia todo mundo. Será que tem roupa do meu tamanho? Quer cor prefiro, preto ou cinza?

O processo de se tornar obeso é rápido e silencioso. Não afirmo que "engordei" rapidamente o corpo, foram 13 anos para chegar onde estou. Primeiro você se torna gordo, na mente. É o descaso com seu próprio corpo e com a sua própria saúde que iniciam o processo, além de uma alta dose de arrogância. De achar que no momento em que decidir, como num piscar de olhos, voltará aos exercícios e estará em forma em pouco tempo. Ledo engano. A falta de "agenda". As desculpas de falta de tempo, dos problemas, das responsabilidades, lhe mantém afastado e se justificam, como em uma doença autoimune, se retroalimentando.

No meu caso, muito desse processo de "engorda", esteve no entorno na bebida e do cigarro. Horários irregulares, alimentação irregular, sedentarismo. Noites em claro, fumando dúzias de cigarros em conversas que em sua maioria não lembro se quer o nome dos interlocutores. Tudo tem seu preço.

Chegar ao cume do Everest, que loucura? Por que escalar o Everest? Parafraseando George Mallory: porque ele está lá! É a maior montanha do mundo. Chegar ao seu cume é comparável a chegar ao espaço. Testa todas as habilidades, qualidades e determinação de um indivíduo.

Acredito que cada um tenha o seu "próprio" Everest. Seja para de beber, de fumar, cheirar, emagrecer, ser mais atencioso, carinhoso, dedicado, estudioso. Ou seja, cada um tem seus próprios desafios e conhece os seus limites. Eu, escolhi testar e expandir os meus, escolhendo o maior desafio, como objetivo. Considerando meu estado atual, é um desafio surreal na verdade, mas não é impossível.

Não existe data certa. Não existe planejamento. Não existe previsão. No momento, só existe a vontade, e isso basta!